Um homem fotografa junto ao mar. onde se surpreendem descalças marés em espuma. [aqui preciso coisas concretas que se dêem junto do mar] Um homem fotografa junto ao mar coisas pequenas, coisas simples junto ao mar e a imagem, se revela, é a mulher, a amada, e para que se abra

atento e aceso, um homem junto ao mar é a sua  espécie de fome, tem iluminados dentes na escuridão, uma fúria de Oceano no germinar e o desejo a morder a carne dos lírios, violar de leite e mel tão delicada carne, esmagar os dentes contra a rocha, para que se abra, amada, a mulher revelada.

se possível fosse, desenhar o grito marítimo das aves, tão simplesmente dizer: amo-te, és bela e sem defeitos, gazela na planície azulada dos meus olhos: como és bela! minha amada irmã amada! minha amada amada! violência do leite e do mel no sorriso que se revela. 

para que se abra,

traz algas e arrasta os braços por entre as rochas e deixa medusas mortas apodrecendo nos jardins de rochas pretas,

essas enseadas que se formam côncavas de uma forma vulcânica, de uma vertiginosa forma de assombro que a qualquer forma de escuridão assombra na forma de gritos de aves marítimas 

 

 

será possível desenhar a luz? A imagem se revela é a mulher amada